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quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Cuidados após inundações




1) Cuidados com a água para uso doméstico

Nas enchentes, o sistema doméstico de armazenamento de água pode ser contaminado, sendo necessário sua desinfecção. A limpeza dos reservatórios se faz necessária, mesmo quando os mesmos não são atingidos diretamente pela água da enchente, pois a rede de distribuição de água, frequentemente, apresenta vazamentos. Durante a enchente, se faltar água nos canos, os locais de vazamentos permitem a entrada de água poluída na rede, contaminando os reservatórios. Para limpar e desinfectar o reservatório (caixa d’água), recomenda-se:

a) esvaziar a caixa d’água e lavá-la, esfregando bem as paredes e o fundo. (Não esquecer que se devem usar botas de borracha e luvas nesta atividade;

b) esvaziá-la completamente, retirando toda a sujeira, utilizando pá, balde e panos;
c) após concluída a limpeza colocar 1 litro de água sanitária (hipoclorito de Sódio a 2,5%) para cada 1.000 litros de água do reservatório;

d) abrir a entrada para encher a caixa com água limpa;

e) após 30 minutos, abrir as torneiras por alguns segundos, com vistas à entrada da água com solução na tubulação doméstica;

f) guardar 1 hora e 30 minutos para a desinfecção do reservatório e canalizações;

g) abrir as torneiras, podendo aproveitar a água para limpeza em geral de chão e paredes.

2) Cuidados com a água para consumo humano direto

Se o domicílio for abastecido com água do sistema público e, no ponto de consumo (torneira, jarra, pote, etc.), não for verificada a presença de cloro na quantidade recomendada (maior que 0,5 mg/l) ou se a água utilizada for proveniente de poço, cacimba, fonte, rio, riacho, açude, barreira, etc., deverá ser procedida a cloração no local utilizado para armazenamento (reservatório, tanque, tonel, jarra, etc.) utilizando-se o hipoclorito de sódio a 2,5% ou água sanitária, numa das seguintes dosagens:

Para cada 1.000 litros de água, adicionar 02 copinhos de café (descartáveis) de hipoclorito de sódio por 30 minutos;
Para cada 200 litros de água, adicionar 01 colher de sopa de hipoclorito de sódio por 30 minutos;
Para cada 20 litros de água, adicionar 01 colher de chá de hipoclorito de sódio por 30 minutos;
Para cada 01 litro de água, adicionar 02 gotas de hipoclorito de sódio por 30 minutos.

Obs.: Deve-se aguardar 30 minutos para consumir a água.

3) Limpeza da lama residual das enchentes

A lama das enchentes tem alto poder infectante e nestas ocasiões fica aderida aos móveis, paredes e chão. Recomenda-se então retirar essa lama (sempre se protegendo com luvas e botas de borracha) e lavar o local, desinfetando a seguir com uma solução de água sanitária (hipoclorito de sódio a 2,5%) na seguinte proporção:

Para um balde com 20 litros de água, adicionar 4 xícaras de café de água sanitária.

4) Cuidados com os alimentos

Nas enchentes, é essencial a atenção aos alimentos que entraram em contato com as águas da enchente, pois poderão ser contaminados. O ideal como prevenção é armazená-los em locais elevados, acima do nível das águas. Se isto não foi possível, recomenda-se:

a) Manter os alimentos devidamente acondicionados, fora do alcance de roedores, insetos ou outros animais;

b) Lavar freqüentemente as mãos com água tratada antes de manipular os alimentos;

c) Alimentos em estado natural:
• frutas em geral, verduras, legumes, arroz, feijão, soja, ervilha, etc. devem ser inutilizados, pois sobrem transformações quando em contato com as águas da enchente;
• carnes, peixes, leite, ovos, pão, açúcar, café, manteiga, etc., devem ser inutilizados, pois se contaminam facilmente pelas águas, além da natureza de suas embalagens, que geralmente são de plástico ou papel; portanto, é perigosa qualquer tentativa de aproveitamento dos mesmos.

d) Alimentos preparados:
• Lingüiça, mortadela, queijos, etc. deverão ser também inutilizados após o contato com as águas, pois sua contaminação é total, devido ao tipo de embalagem, geralmente de plástico ou papel;

e) Alimentos enlatados:
• As latas que estiverem amassadas, enferrujadas ou semi-abertas deverão ser inutilizadas, porém as que permanecerem em bom estado e onde se têm certeza de que não houve o contado das águas com os alimentos nela contidos, poderão ser lavadas com uma solução de água sanitária na proporção de 1/100, preparada do seguinte modo:

1 litro de água sanitária para 100 litros de água ou
1/2 litro de água sanitária para 50 litros de água ou
1/4 litro de água sanitária para 25 litros de água

f) Alimentos adquiridos em estabelecimentos localizados em áreas de enchente ou provindos das mesmas podem estar contaminados por leptospira ou outros agentes patogênicos, portanto, recomenda-se cozinhá-los à temperatura acima de 70° C; após esfriar, consumi-los imediatamente, evitando também, que entrem em contato com alimentos crus.

5) Leptospirose

A prevenção da leptospirose baseia-se, principalmente no combate ao roedor, principal transmissor da doença ao homem. Desta forma, há duas maneiras de combatê-lo: através de medidas de antiratização, evitando a sua instalação e proliferação; ou através de desratização, através do uso de raticidas, após a sua instalação no local, o que se torna mais difícil e oneroso. Portanto, relacionamos algumas medidas práticas para evitar a instalação do roedor junto ao homem:

Manter limpos os utensílios domésticos e vasilhames de alimentação animal logo após as refeições, evitando resíduos alimentares que são atrativos para os roedores;
Manter os alimentos armazenados em recipientes bem fechados e à prova de roedores;
Manter os terrenos baldios e margens de córregos limpos e desmatados;
Evitar entulhos e acúmulo de objetos inúteis nos quintais, pois servirão de abrigo ao roedor;
Manter os gramados aparados;
Não jogar lixo em esgotos, córregos e terrenos baldios;
Acondicionar devidamente o lixo em sacos plásticos, armazenando-os em locais elevados do solo até que seja coletado; nos locais onde não haja coleta permanente, quando em pequena quantidade, poderá ser queimado e/ou enterrado; se em grande quantidade, deve ser levado a usinas de tratamento ou depositado em aterros sanitários;
Fechar buracos e vãos nas paredes e rodapés, para evitar a entrada de roedores nas habitações;
Manter as caixas d’água, ralos e vasos sanitários bem fechados, com tampas pesadas.

Fonte: Ministério da Saúde

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